Hoje em dia é comum falar de mulheres fortes e empreendedoras em diversos campos de atuação. Mais frequente ainda tem sido ver a união dessas mulheres em diversos aspectos. Esse é o conceito de sororidade, termo cada vez mais presente no nosso cotidiano.
Sororidade, do latim soror, significa irmã. Ou seja, representa fraternidade entre mulheres, empatia, companheirismo e respeito que contribuem para o empoderamento feminino e para a desconstrução da rivalidade feminina. É a ideia de que “juntas somos mais fortes” na busca de direitos e de liberdade.
Movimento histórico
Parece uma palavra nova, mas o conceito de sororidade existe há muito tempo e pode ser encontrado em diversos movimentos femininos, entre eles o Soroptimist International, fundado em 1921, nos Estados Unidos.
O objetivo das soroptimistas é reunir a força e o espírito destemido de mulheres pioneiras, que são líderes em suas comunidades e acreditam que podem tornar o mundo um lugar melhor para outras mulheres e meninas. Seus valores e ideais são sinceridade na amizade, alegria na realização, dignidade de servir, integridade profissional e amor à pátria.
A Soroptimist International mantém representantes junto às principais agências da Organização das Nações Unidas (ONU) e outras instituições ligadas à cultura e educação. No Brasil, o primeiro clube foi fundado em 1947 por Bertha Lutz, no Rio de Janeiro e, em São Paulo, foi iniciado por Pérpetua Pudney das Neves.
Neste período, outro movimento comandado pelo espírito de sororidade estava ecoando: a Fundação para o Livro do Cego no Brasil – uma iniciativa de mulheres empreendedoras em busca de melhorias na educação do país para as pessoas com deficiência visual. O grupo foi liderado por Dorina Nowill, que mais tarde recebeu o Woman of Distinction Award (Prêmio Mulher de Distinção), pela Federação das Soroptimistas das Américas, em 1970.
Mulheres da nossa história
Não há como conhecer Dorina Nowill e suas realizações sem perceber a sororidade envolvida em toda sua história. Ela foi cercada por mulheres fortes e entusiastas desde o berço e que, com ela, batalharam pela quebra de diversos preconceitos, pela abertura de caminhos e pela ampliação de políticas públicas em diversos setores da sociedade.
Por isso, em comemoração pelo mês das mulheres, a Fundação Dorina homenageia algumas das muitas mulheres que desempenharam um importante papel na vida de nossa fundadora, contribuindo para que ela se tornasse a dama da inclusão, hoje considerada.
Dolores Panella, sua mãe e esteio. Carolina Ribeiro foi diretora da Escola Caetano de Campos e grande incentivadora para sua volta aos estudos. Zuleika de Barros Ferreira foi a professora de metodologia que apoiou seu projeto de educação para cegos. Regina Pirajá foi sua companheira de luta e a criadora da pauta braile. Neith Moura foi sua amiga inseparável, considerada os olhos de Dorina e Adelaide Reis de Magalhães foi a primeira doadora e presidente da Fundação.
Confira a história de cada uma delas em nossas redes sociais, numa série especial publicada durante toda essa semana!
Que a lembrança dessas grandes mulheres inspire muitas outras a reconhecerem sua força e seu poder de mudança, capazes de tornar esse mundo cada vez melhor. Feliz Dia da Mulher!