Ir ao cinema, ao teatro ou simplesmente assistir TV são algumas das opções de entretenimento mais queridas entre todos. Mas, e se você se deparasse com um filme sem imagens, tendo que adivinhar o que acontece apenas pela fala dos personagens ou trilha sonora? Seria fácil? Essa é a realidade das pessoas com deficiência visual.

Para quem não enxerga ou tem limitações de visão, a experiência do lazer e da cultura é diferente, mas não menos intensa. Isso porque eles podem contar com um recurso fundamental, que lhes ajudam a compreender conteúdos audiovisuais e imagens estáticas: a audiodescrição.

O que é?

A audiodescrição é um recurso que traduz imagens em palavras, permitindo que pessoas cegas ou com baixa visão tenham acesso a cenas de um filme, fotografias, cenas de um teatro, obras de um museu, apresentações de um evento etc.

O recurso é direcionado ao público com deficiência visual, mas também pode beneficiar outros públicos com deficiências e idosos. Ele é normalmente utilizado em produtos e serviços culturais, educacionais e de entretenimento, permitindo um acesso mais amplo que contemple a todos.

“O objetivo da audiodescrição é tornar a experiência da pessoa com deficiência visual a mais autônoma possível, de modo que ela não precise necessariamente de um acompanhante ou guia para frequentar espaços de cultura e lazer. Além disso, esse recurso permite que ela faça sua própria interpretação, uma vez que a descrição deve ser objetiva e imparcial, sem juízo de valor”, explica Cláudia Scheer, coordenadora de Produtos Radiofônicos da Fundação Dorina.

Onde encontrar?

O recurso da audiodescrição pode ser utilizado de diversas formas. Ele pode estar mixado ao áudio original dos filmes, pode estar disponível em fones receptores distribuídos em teatros, pode ser acessado por meio de texto pelos softwares leitores de tela em livros digitais, pode ser disponibilizado em audioguias, entre outros.

Nas redes sociais, também está cada vez mais comum o uso de hashtags como #pracegover ou #pratodosverem, com descrições de imagens para tornar a internet mais acessível. E sobre isso, nós temos um artigo que conta em detalhes como fazer uma boa descrição de imagem para web. Confira aqui!

Que tal saber, na prática, como é um produto com audiodescrição? Confira um exemplo no vídeo abaixo!

É obrigatório?

Sim! Desde 2014, a Ancine (Agência Nacional do Cinema) estabelece que todos os projetos de produção audiovisual financiados com recursos públicos devem ter legendas descritivas, audiodescrição e LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais).

Além disso, o órgão determinou que até 1º de janeiro de 2021 todas as salas de cinema devem estar adaptadas para atender adequadamente pessoas com deficiência visual e auditiva, passando a oferecer os mesmos recursos para quem solicitar.

Deseja saber mais sobre audiodescrição ou precisa de ajuda para implementar esse recurso? A Fundação Dorina conta com uma área específica para oferecer soluções em acessibilidade para empresas e órgãos públicos que desejam tornar seus produtos e serviços mais inclusivos! Acesse http://fdnc.org/solucoes e saiba mais!