O cão-guia é um companheiro tão especial que ganhou um dia só pra ele! A última quarta-feira do mês de abril é dedicada a esses animaizinhos incríveis, adestrados especialmente para orientar pessoas cegas! Para celebrar a data, listamos algumas curiosidades sobre nossos amigos caninos:
1- Posso brincar com eles?
Apesar de serem super fofos e dóceis, não devemos brincar com o cão-guia e muito menos oferecer qualquer petisco. Lembre-se de que ele está a trabalho e não deve se distrair. Na dúvida, pergunte à pessoa com deficiência visual se aquele é um momento adequado para interagir.
2 – Ninguém pode proibir a entrada do cão-guia!
A Lei n° 11.126 (2005) é clara: a pessoa com deficiência visual usuária de cão-guia tem o direito de ingressar e permanecer com o animal em todos os locais públicos ou privados de uso coletivo. Isso inclui restaurantes, táxis, ônibus, supermercados… Portanto, se você presenciar alguém tentando proibir a entrada do bichinho em algum lugar, reclame! Nossos amigos caninos podem entrar SIM!
3 – O cão-guia se aposenta?
Sim! O tempo de trabalho do cão-guia é de cerca de 8 anos. Depois disso ele se aposenta e pode ficar com seu tutor ou ser adotado por uma família com a qual ele já tenha afinidade.
4 – Como eles são treinados?
Ainda filhote, o cãozinho começa o processo de socialização com famílias voluntárias, que irão ensiná-los a conviver com outros seres humanos.
Depois, o treinamento é feito por um adestrador especialista que ensinará comandos específicos, como desviar de obstáculos e esperar o momento certo para atravessar a rua.
Por fim, a própria pessoa que receberá o cão-guia passa por um treinamento com o animal para aprender a dar todas as instruções.
O processo de treinamento é concluído quando o cão tem entre um ano e meio e dois anos.
5- Qualquer raça pode ser treinada para cão-guia?
O labrador e o golden retriever são as raças mais utilizadas, mas também é possível treinar pastores alemães ou borders. Normalmente são escolhidos cachorros de temperamento dócil e de médio ou grande porte, pois eles precisam ter força para guiar seus humanos.
6 – Nem toda pessoa cega se adapta ao cão-guia.
O cão-guia é capaz de realizar um trabalho incrível e mudar a vida de uma pessoa cega, mas nem todas se adaptam a eles. É o caso da Andreia Queiroz, revisora braile da Fundação Dorina: “Como meu treinamento com o cão-guia teve intervalos muito grandes, eu não me sentia segura para ir a lugares novos e passava a minha insegurança para o próprio cachorro. Hoje me sinto muito mais independente com o uso da bengala mesmo”, explica ela.
7 – Quanto custa um cão-guia?
De acordo com o Instituto Íris, uma das instituições especialistas em cães-guia no Brasil, o custo para preparar e doar um animal é de aproximadamente R$ 35 mil.
Devido ao alto custo, o cão-guia ainda é um recurso pouco acessível – atualmente existem cerca de 150 deles no Brasil.
O tempo de espera para receber um pode chegar a 3 anos.
8 – A Fundação Dorina não trabalha com cães-guia.
Considerando que ainda são poucas as pessoas que têm condições de adquirir e manter um cão-guia, o suporte gratuito que a Fundação Dorina oferece há mais de 75 anos é voltado à produção e distribuição de livros acessíveis, além de serviços especializados para pessoas com deficiência visual e suas famílias nas áreas de educação especial, reabilitação, clínica de visão subnormal e empregabilidade.
*Com informações do Instituto Íris.