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Escolas da rede municipal de ensino recebem kits de LEGO Braille Bricks para trabalhar com alunos com deficiência visual

Quarenta e cinco kits de lego braile chegaram para ajudar no aprendizado de alunos com deficiência visual nas escolas da rede municipal de ensino. O Lego Braille Bricks é uma metodologia baseada em brincar que ensina o braile a crianças com deficiência visual.

“Nós temos recebido capacitação pra utilização do Lego pros nossos alunos. Hoje na rede nós temos 13 alunos que são deficientes visuais entre baixa visão e cegueira e serão contemplados com a utilização deste material,” explicou Marcia Priscila Saraiva, coordenadora da divisão de educação especial e inclusiva da Semed.

Os kits do lego braile, doados pela Fundação Dorina Nowill, foram destinados a vinte e cinco salas da rede municipal de ensino e a seus respectivos professores que trabalham com atendimento educacional especializado (AEE). Três dessas salas estão no distrito de Castelo de Sonhos e uma em Cachoeira da Serra. “É um material didático bastante aproveitador pra gente trabalhar com as crianças no dia a dia. O município tá de parabéns, a gente ganha e os alunos ganham muito mais”, destacou o professor auxiliar Weberson Meira da Silva.

A Fundação Dorina Nowill para Cegos é uma instituição filantrópica brasileira que visa facilitar a inclusão de crianças, jovens e adultos cegos e com baixa visão, por meio de serviços gratuitos e especializados. As peças representam o alfabeto Braille e a respectiva (letra/número) impressa, tornando-se um poderoso recurso no processo de alfabetização, inclusão e lazer de crianças com ou sem deficiência visual. O principal objetivo do programa é promover o aprendizado do Sistema Braille de forma lúdica, criativa e inclusiva durante o processo de pré-alfabetização e alfabetização de crianças com deficiência visual de 4 a 10 anos.

“A deficiência visual, trabalhar com ela é algo interessante, ela te leva a conhecer coisas bem diferentes e esse material veio pra contribuir com o aprendizado dos nossos alunos”, pontuou Itelva Pereira Reis, professora de recursos multifuncionais da Escola Rilza Acácio.

Cada peça do Lego Barille tem a versão impressa do símbolo ou da letra, permitindo que crianças com e sem deficiência visual brinquem e aprendam juntas em pé de igualdade. Essa combinação engenhosa de recursos cria um novo mundo de aprendizado lúdico para ensinar Braille aos alunos em um ambiente agradável (com informações da fundacaodorina.org.br ). “É um recurso muito rico pra desenvolver a leitura dos alunos deficientes visuais e de outros alunos também para incrementar o braille,” observou Aldenice de Sousa Batista, professora de AEE na escola João Rodrigues.

Trinta e cinco professores especializados no AEE participaram da cerimônia de entrega dos kits, realizada na Secretaria Municipal de Educação (Semed). Além dos kits eles também receberam livros de historinhas, todas contadas em braille, para utilização em sala de aula. Os professores estão sendo capacitados em um curso intensivo de braile para começar a aplicar a metodologia do Lego em seus atendimentos. Mas o lego também poderá ser socializado por alunos com outras especialidades para que haja a inserção e inclusão da comunicação em braille para todos.

A Escola João Rodrigues, no bairro Mutirão, atende dois alunos com deficiência visual. Um deles é o Wilke dos Santos, de 40 anos. Ele conta que quer desenvolver a alfabetização com a ajuda da nova ferramenta para estudar música, uma de suas paixões. “Depois do braille, eu quero aprender música, estudar, é importante pra mim aprender saxi e violino”, disse animado Wilck, aluno deficiente visual.

“Ele consegue desenvolver a leitura, consegue formar palavras, e pra ele foi bem interessante”, observou a professora Aldenice, que conta ainda que a ferramenta tem ajudado o Wilck a desenvolver ainda mais suas habilidades e ela agradece o empenho da Semed em investir na inclusão. “É a inclusão sendo reconhecida, abrangendo o braille, libras e todas as especificidades estão sendo bem assistidas. É um sentimento de acolhimento, de que a inclusão de fato está acontecendo, concluiu.

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